domingo, 31 de julho de 2011

Travessia



O caminho estava aberto... Sempre esteve. O que atrapalhava aquele jovem era o medo de cruzar a linha tênue que há entre o seu próprio mundo e o mundo do “outro”.
Tal como Odisseu, travava lutas com seres mitológicos e criaturas monstruosas, porém tais seres existiam apenas em sua mente, teciam uma rede de loucuras que só o próprio jovem poderia desfazer.
Não chegou ao fim da viagem, creio. Mas notou que o importante é deixar-se levar, dar a mão pra alguém segurar, não permitir mais comparações do presente com o passado para justificar qualquer impulso.
Cada pessoa é única, traz consigo algo de indecifrável que excita e encanta. A necessidade de decifrar os enigmas do ser amado deve ser deixada de lado para que seja possível amar as diferenças e enfim apaixonar-se novamente.
O que deve ser feito agora é esperar o telefone tocar, ficar horas olhando para a tela do computador na esperança da chegada de um precioso e-mail ou só sentir as pernas tremerem e notar que o coração ainda bate...
E como bate! ;-)